Subir
O estado de São Paulo emprega 33,5% dos deficientes que deveria para cumprir a lei de cotas, informou o SP1 desta terça-feira (24). Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), metade dos deficientes do mundo não tem condições de pagar por serviços de saúde.
A lei de cotas foi criada há 27 anos para garantir o emprego às pessoas com deficiência física, auditiva, visual, mental e múltipla. No Brasil há 31 milhões de deficientes em idade produtiva, mas apenas 418 mil estão empregados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Ministério do Trabalho.
Pela regra, São Paulo deveria ocupar cerca de 360 mil deficientes, mas proporciona trabalho a 120 mil. O número é baixo, mas se trata de um dos maiores índices de empregabilidade do país.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (Apae- SP) é uma das entidades que promovem esses empregos por meio do programa “Emprego Apoiado”.
“A metodologia pressupõe que toda pessoa tem capacidade trabalhar. Nós temos que olhar a potencialidade das pessoas, seus pontos fortes, seus interesses e suas necessidades de apoio”, afirma Flávio Gonzalez, supervisor da Apae-SP.
Em 2017, quase 500 jovens foram beneficiados pela iniciativa e o número tem crescido, mas ainda há muito o que melhorar - boa vontade das empresas é essencial no processo de inclusão.
“Pela lei de cotas, as empresas são obrigadas a ter um percentual de pessoas com deficiência, no entanto, o nosso público, que é a pessoa com deficiência intelectual, ainda é o menos incluído. Existe ainda muito mitos acerca do trabalho da pessoa com deficiência”, explica Gonzalez.
“Se a lei fosse cumprida na sua integralidade hoje, no Brasil, ela geraria no mínimo um milhão de empregos. É preciso ampliar essa atuação, a fiscalização dessa lei de modo que as empresas olhem para este tema com mais cuidado e carinho”, completa.